segunda-feira, 31 de maio de 2010

Madrugada de Inverno


Madrugada solitária de inverno. Estou deitado e sem sono, estranhando a falta de novidade nisso enquanto alguns mosquitos me imploram a morte, voando bem perto. Só de maldade os deixo viver, batendo contra a parede branca, confusos, sem saberem onde é a saída desse quarto miúdo, cujo os únicos refúgios da luz são embaixo da cama e dentro da minha alma. De repente, como se por milagre, nada acontece, e tudo continua exatamente na mesma agradável monotonia em que estava. As horas passam, o sono não chega, alvorece.
O tempo não parou junto com os sons da noite, sei disso, mas eles deram lugar a barulhos de motores esquisitos, e é como se tivesse parado, pois me sinto dormindo-acordado de dia, e, acreditem, tem gente que anda de carro e acha isso errado. Essas pessoas barulhentas passam na minha rua o tempo todo com seus carros, algumas vão trabalhar, para ganhar dinheiro para alimentar os filhos para que eles depois trabalhem e ganhem dinheiro pra comprarem um carro. Dizem que as pessoas que querem viver o suficiente para comprarem o seu devem dormir direito, então acho que não terei um automóvel. Não por falta de vontade de viver, mas por estar preso a noite e ao mesmo tempo estar condicionado a ter que conviver com os que se consideram normais, e desperdiçam suas madrugadas dormindo enquanto a mais bela sinfonia é tocada, e a mais fantástica mágica, a do orvalho pousando sobre as folhas, acontece, enquanto a magnífica obra do quarto dia é exposta no manto negro que reveste o milenar firmamento... Como pode o mundo dormir a noite?
Tudo bem... Compreendo que estou meio errado, os ateus poderão dizer que até meu deus dormiu todo santo dia (mesmo antes de criarem a definição do que é um dia), amigos preocupados... Outros podem achar a morte precoce é motivo suficiente para que repousemos, oras, como posso eu, um mero mortal, ficar acordado? Devo morrer toda noite, como todos morrem, de bocado em bocado...
Quer saber, o mundo inteiro deve estar certo, vou dormir, para estudar, para ganhar meu diploma, pra estudar mais, para trabalhar, pra ganhar outro diploma, fazer uma montanha de certificados, e poder ganhar dinheiro pra comprar meu carro. Porque, por menos previsível que eu seja a curto prazo, às vezes me sinto mais um desses mosquitos motorizados batendo a cara contra a parede branca de um quarto pequeno numa noite de inverno.

domingo, 18 de abril de 2010

Doce

Desde cedo gostamos do que é doce e, ao crescermos, surgem exceções.
Ao crescermos, conforme mudam os desejos,  nos atraimos cada vez mais pela carne.
O desejo que sentimos cada vez mais pela carne às vezes está carregado de veneno.
O veneno que carregamos recheia nossa carne,  que é por natureza traiçoeira...
E descobrimos ao final de toda essa tragédia iminente o quanto esse veneno é doce.
E a troca de venenos não mata, mas faz o contrário...
E tudo o que somos de repente não passa de desejo, carne, veneno e doce.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pessoas Engraçadas


Algumas pessoas são fúteis engraçadas... Elas passam seus dias frustradas, reclamando por não encontrarem alguém que as valorizem... Mas procuram só as erradas! Sabe a que conclusão cheguei após muito observar? Que essa é uma forma muito FÚTIL agradável de confortar sua consciência.

Funciona assim: Procura-se a pessoa errada (aquele bombado que é cabeça oca mas que você fantasia que crescerá, ou aquela linda mulher que, apesar de ter saído com metade da cidade, você jura que mudou contigo). Até que um dia a pessoa enjoa e quer partir pro próximo pedaço de carne cai na real e vê que a outra não é bem aquilo desejava! E parte pra outra! Pra próxima pessoa da fila... E pra próxima... E pra próxima... Sim, porque hoje em dia as pessoas tem fila, não coração.

-Pegue sua senha e vá para o final - é o que dizem, mas as vezes o final não é assim tão distante quanto pensam.

E você acha que por não terem tantos "pretendentes a próximo" dão o braço a torcer?! Não mesmo! Afinal de contas elas são o que são, não o que dizem e se não gostou tem quem goste entre tantos outros clichês.

O incrível não é que existam pessoas assim, mas o fato de estarem sempre olhando em volta e reparando como a outra é galinha, como o outro é idiota. E, por vezes, culpando O MUNDO por serem infelizes!!! Sim, a culpa é delas e elas põe em quem quiserem, incluindo o Mundo! Convenhamos... É bem mais fácil culpar todo o resto do universo que mudar sua forma de tentar ver os fatos uma vez que seja, não?

Talvez essas palavras não lhe tenham dito nada, mas se você parar pra pensar nos próprios atos quando for chamar alguma garota de biscate (ou algum cara de babaca) de novo, terá valido a pena.

Cough

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Contente de tão triste

É o último nível de tristeza. Quando se leva golpes e mais golpes, na testa, no coração, pulmões são arrebentados por essa falta de ar que os murros do destino são são tão hábeis em causar... Não estranhe quando já não houver mais esperanças de sorriso e quando a noite te sufocar com os dedos negros da solidão e você, num acesso de loucura, sorrir. Com a boca escorrendo sangue esboçamos a mais doentia expressão de insanidade, a expressão mais graciosa de quem foi torturado o bastante a ponto de ignorar toda a dor: o sorriso.

Velhos choram nas ruas... Mendigos pedem esmolas... Bêbados cantam suas tristezas afogados no fundo de um copo sujo de um bar podre numa cidade imunda... Mortos antes do tempo, todos eles, e nem ao menos lhes contaram. Mas todos eles, de tristeza, sorriem.

Já é tarde. Taparam nossos olhos enquanto crescíamos curiosos pra espiar a dor do outro e pensávamos ainda num jeito de cuidar de todos. Hoje já não tapam, não precisam, crescemos, sabemos tapar nossos próprios olhos. Aprendemos a estancar todo o sangramento que escorre por essas feridas abertas que chamam de ouvido.

Há quem use a expressão "chorar de rir" quando algo é muito engraçado... Para a tristeza vale o oposto, "rir de chorar"... É a irônica linha dos sentimentos completando seu círculo vicioso... Choramos de rir quando a situação não pode ser melhor, rimos quando a situação é boa, estamos normais em boa parte do tempo, choramos quando tudo vai mal... Mas quando tudo está realmente uma merda que não pode ser consertada, e nos vemos no fundo do escuro poço do desespero - eis a parte mais irônica do círculo - voltamos a sorrir!

Vejam só que curioso! SORRIMOS! Escondemos as lágrimas enquanto engolimos todas as tristezas outrora vomitadas... Sorrimos enganando aos outros, e os protegemos de nossa tristeza e protegendo a nós mesmos de ver mais gente triste assim, isso só pioraria as coisas. É um sério mecanismo de defesa tal sorriso (o de tristeza), forte o bastante para que ninguém perceba que algo vai mal. Poderoso o suficiente para ninguém se incomodar e podermos enfim relaxar buscando pensar em nada...

Isolamo-nos em nosso mundo de sofrimento e esquecemos de todos que se preocupam. E culpamos o mundo choramingando pro travesseiro, coitado do travesseiro. E nos questionamos de tal abandono, e berramos de ódio e de stress e de nojo de tudo. De repente odiamos tudo aquilo que queríamos proteger e nem sabemos ao certo o porque. Dormimos. A dor passa um pouco...

Aos poucos voltamos os pés ao chão, deixando o inferno interior queimar no esquecimento da noite passada... Plantamos um sorriso outra vez no rosto e levantamos, pedaços de carne contentes de tão tristes, para superar mais um dia nesse sombrio caminho misterioso que nosso próprio orgulho traçou e que insistimos em seguir às cegas, sozinhos, reclamando.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Texto #001 – A Arte da Escrita


É um bom título para um blog, A Arte da Escrita, pois deixa transparecer de fato a verdadeira natureza da escrita, que por muitos não é conhecida. Assim como a pintura, utilizamos ferramentas para escrever ou embelezar a obra de arte (neste caso, o texto), e uma delas é a analogia.
Lembro-me que certa vez numa prova de Filosofia no Ensino Médio, havia uma questão que perguntava (obviamente): "qual a importância da liberdade em sua vida?".
Não vou me ater (muito) às tolas respostas escritas pela maioria dos meus colegas de classe, até por que a tolice é relativa ao observador. Lembro-me que alguns colegas focaram-se na liberdade como sendo apenas a permissão dada pelos tutores/pais/responsáveis em sair de casa e embebedar-se divertir-se em festas. Eu analisei a questão em poucas linhas e de maneira um pouco mais profunda: A liberdade não importa para mim. O importante é saber que sou livre e ter consciência de que meus atos geram reações que interferem nas ações de outras pessoas…
Não me lembro do resto. É claro que não pude me prolongar muito, afinal de contas era apenas uma provinha de filosofia de Ensino Médio, e eu tinha 50 minutos para responder. No entanto, hoje eu não apenas diria isso, como tentaria definir a liberdade:
A liberdade é a gama de variações que determinado evento/indivíduo possui que permite que ele ocorra/aja de n maneiras, distintas ou não. Não importa se as variações podem ser escolhidas pelo evento/indivíduo ou se ele as segue inconscientemente.
A explosão de uma granada pode ocorrer de várias formas (isto é, é livre), pois não se pode prever a direção na qual um estilhaço no interior da granada será arremessado. Analogamente, o soldado que lançou a granada era livre para fazê-lo de n maneiras, bem como para não fazê-lo. No entanto, de nada adianta saber o que é a liberdade, pois ela, por si só é apenas uma ferramenta, um meio pelo qual se chega a algum lugar. O importante (continuo pensando assim) é que o evento/indivíduo em questão tenha consciência de sua própria liberdade. Uma explosão não sabe que é livre (e nem poderia, haja vista que não é um organismo, muito menos um circuito dotado de hardware e software) e se deixa guiar pelas leis da Física e da Química em sua trajetória. Já o soldado, apesar de ser livre, muitas vezes não sabe que é, e se permite guiar pelas ordens e leis criadas por outros homens.
Assim, fica claro que a liberdade é uma ferramenta da ação e está intimamente ligada a esta, de modo que não adiantaria nada haver liberdade num mundo sem ação, na verdade, isso seria um paradoxo. Se pararmos para analisar, o livre-arbítrio é uma consequência imediata de um mundo animado (não no sentido de felicidade, mas como contrário de inanimado/inanimação) de modo que essa tal liberdade nada mais é do que a típica superestimação humana pelos aspectos/propriedades que cercam a própria espécie.
Até pouco tempo, o único ponto fraco da liberdade era o determinismo, mas se não me engano, Schrödinger e seu gato deram um fim a isso e declararam o mundo livre (se não livre, pelo menos imprevisível e indeterminável).
Não acredito que haja destino, gosto de pensar no Universo como um sistema dinâmico e imprevisível guiado unicamente pela Teoria do Caos.
Todo esse palavrório sobre a liberdade nada mais foi do que uma analogia sobre as ferramentas e seus ofícios. Não que eu considere inútil debater sobre a liberdade, mas sim por que acho sensato matar dois coelhos com uma cajadada só.
A escrita é sem dúvida nenhuma uma Arte. E ao me referir à arte, refiro-me ao mesmo conjunto que engloba a pintura, o desenho, a escultura, a marcenaria, a construção, a poesia, etc.
No entanto, apesar de tão vasta, a arte não existe por si mesma, não é plena em sua própria existência. Não há arte por arte. Ela vive em função de algo, é como um eterno eixo y de um matemático tradicionalista que não muda as variáveis. Quando um artista cria algo, ele cria por um motivo: comunicação. (por isso não citei a Matemática como uma arte, pois Ela é plena em si mesma).
A arte é a ferramenta da comunicação.
Com efeito, a primeira arte provém da voz. É o meio imediato de comunicação, quase sempre infalível e de uma mutabilidade sensacional. Digo isso (e a partir daqui abandono toda e qualquer forma de arte que não seja apenas falada ou escrita), pois ao falar com alguém você possui a vantagem de ver imediatamente a reação do ouvinte e pode enfatizar ou reformular os métodos que utilizou para comunicar-se com este.
Um exemplo comum é o Stand Up Comedy (Comédia Em Pé), na qual o humorista simplesmente conversa com a plateia tentando gerar humor com situações improvisadas. O indivíduo que pratica essa modalidade de humor deve ter uma capacidade de improviso imensa, bem como conhecimento de cultura geral e atual. Mesmo assim, o seu trabalho ainda é mais fácil que o do escritor, haja vista que o humorista, além de estimular os ouvidos do público, estimula a visão.
Por outro lado, o escritor encontra-se numa situação bem desfavorável (depende do ponto de vista, é claro). No Stand Up o sucesso da comunicação (que é o objetivo no final das contas) depende muito da capacidade interpretativa do ouvinte (geralmente existem pessoas que não entendem as piadas). Já na Escrita, o sucesso depende quase que exclusivamente da boa vontade e da boa interpretação do leitor. Não adianta você ser Tolkien e escrever magistralmente de modo claro e conciso se o indivíduo que lerá o seu livro não quiser lê-lo com empenho, afinco e não se der ao trabalho de imaginar o que está escrito. Qualquer um lê um livro em um dia. Mas compreender o que está escrito nas linhas e entrelinhas do livro, isso leva tempo.
Mas a culpa não é só do ouvinte. O escritor tem de ser bom. Imaginem bem como é difícil convencer alguém a ler alguma coisa… É muito mais fácil ver ou ouvir, pois você apenas fica quieto enquanto alguém faz o trabalho. In other hand, ler exige atenção, e ninguém fará isso de graça. A leitura deve prender o leitor, ele tem de querer abrir o emaranhado de fibras de celulose e decifrar seus caracteres impressos em tinta preta. E esse é outro ponto no qual a fala leva vantagem.
Voltando ao exemplo do humorista de Stand Up, ao ver que a plateia não está se atraindo por suas piadas, o comediante tende a modificar o seu tom ou tentar uma nova abordagem. Isso não é possível num texto. Ao escrever, eu tenho de me imaginar como sendo o leitor de meu próprio texto! Não posso escrever para mim, algo que simplesmente me agrade ou que eu entenda suficientemente bem. Tenho de escrever para outros, pessoas que não conheço, nunca vi e que provavelmente nunca verei (isso ocorre mais no caso de Best Sellers). Devo imaginar-me como essa pessoa, alguém que não faz a mínima ideia do que está sendo escrito, e que a cada novo verso vai descobrindo o que o verdadeiro eu tinha em mente. Escrever é por si só um exercício de previsão.
Claro que existem ferramentas para isso. Assim como existe a lima para afiar a lâmina, a escrita possui suas próprias ferramentas (mesmo sendo a escrita uma ferramenta da comunicação). Julgo a curiosidade uma das mais importantes limas da escrita. O nome do autor também influencia muitíssimo: eu jamais leria "O Cavalo e Seu Menino" se não soubesse que ele faz parte da coleção conhecida como "As Crônicas de Nárnia", de C. S. Lewis.
Mas falando em crônicas, creio que seja essa a pior parte da escrita: as estórias. Compor um artigo sobre determinado assunto ou um livro didático/científico, cujo conteúdo é específico para determinado público que pretende atingir determinado fim é uma coisa difícil, sem dúvida alguma. Entretanto, escrever uma estória de conteúdo vago sem um objetivo claro (talvez tangencie a distração e/ou o lazer) compondo personagens, vidas e dilemas morais/éticos é algo bem pior (eu acho). É claro que existe a facilidade inerente a esse gênero: seus personagens ganham vida própria uma vez que estão compostos. O único problema é compô-los. Também não tenho conhecimento de causa para afirmar que a composição de um livro científico de definições pré-estabelecidas e extensas pesquisas já realizadas na área seja mais fácil que escrever um livro de estória (por estória entenda-se romance, suspense, terror, enfim, ficção em geral).
Independentemente do estilo de escrita que você goste (Odeio poesia, por exemplo), tenho certeza de que este blog será uma excelente ferramenta na divulgação de boas ferramentas…
Até mais
Post Post: Obrigado pelo convite, querido Criador do Blog.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Tese de Doutorado

Autor Desconhecido

Num dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa: ﺉ
- Coelhinho, o que você esta fazendo aí tão concentrado?
- Estou redigindo a minha tese de doutorado, disse o coelho sem tirar os olhos do computador.
- Humm… e qual e o tema da sua tese?
- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
A raposa ficou indignada:
- Ora! Isso e ridículo! Nós, as raposas, é que somos os predadores dos coelhos!
- Absolutamente! Venha comigo a minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouve-se uns ruídos indecifráveis e alguns grunhidos de dor; e depois, o silêncio. Em seguida o coelho volta sozinho e, mais uma vez, retoma os trabalhos no notebook, como se nada tivesse acontecido. Meia-hora mais tarde passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido.
No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. Resolve então saber o que se trata, antes de devorar o coelhinho:
- Olá, meu jovem coelho. O que o faz trabalhar tão arduamente?
- Minha tese de doutorado, Sr. Lobo. E uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os piores predadores naturais dos lobos.
O lobo não se conteve e caiu na gargalhada com a petulância do coelho:
- Ah, há, há, há!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto e um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa…
- Desculpe-me, mas se você quiser, eu posso apresentar a prova da minha tese. Você gostaria de me acompanhar a minha toca?
O lobo não consegue acreditar na sua sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e silêncio.
Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta a dedilhar o teclado de seu notebook, como se nada tivesse acontecido…
Dentro da toca do coelho, vê-se uma enorme pilha de ossos ensangüentados, peles de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado e sonolento, a palitar os dentes.

Moral da história:

•    não importa quão absurdo é o tema de sua tese;
•    não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;
•    não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria;
•    não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.
•     O que importa é quem é o seu orientador.

Olá

Inicio este blog na intenção de compartilhar contigo pensamentos, desenhos e devaneios...